Ambiente

















Muito se fala de ambiente... Ontem, no Porto Cartoon World Festival, por entre a temática da globalização, revia uma perspectiva de um autor sobre a água e a desertificação (um tema de uma edição anterior [2003]) e que recordei hoje ao ler uma notícia sobre uma outra temática que, como apreciador da matéria, me deixou até relativamente satisfeito, mas também responsável neste âmbito de 'ambiente'. É que, fala-se muito em questões ambientais, mas quando chega à nossa vez, preferimos assumir uma atitude mais de 'deixar as coisas andar como estão' até que seja inevitável. É uma espécie de adiar o problema até sermos obrigados a lidar com ele... enquanto isso, os outros que lidem.
Ora, é necessário que cada um comece já a fazer a sua parte. É certo que custa, trabalho, tempo e mesmo dinheiro, estar a fazer separação do lixo. É certo que preferimos levar o carro até ao local onde queremos ir... às vezes, se possível, entrar com ele pela porta 'adentro'... Mas, mais cedo ou mais tarde, esse esforço vai ser mesmo necessário a menos que queiramos transformar o mundo numa pocilga.
Infelizmente, ainda vivemos numa sociedade onde as preocupações ambientais são também oportunidades de negócio... Instalar uns paineis solares fica exorbitantemente inflacionado para o custo real do equipamento... e se falarmos de automóveis isso torna-se ainda mais evidente... Talvez tenha de se ter uma atitude corajosa - de certa forma, martir mesmo -, e assumir esse esforço financeiro como um testemunho para os outros e como garantia de que esses outros, um dia, poderão beneficiar através destes que, hoje, acreditam ser, esta preocupação ambiental, um investimento rentável para o futuro.
Nós não precisamos de extremar as nossas atitudes, tornarmo-nos todos vegetarianos, estar de polícia nos ecopontos, seja em casa seja na rua, ou andar a destruir campos de milho trangénico. Basta contribuirmos de uma forma pessoal para esse esforço... começarmos por nós mesmos.
E já agora fica aqui a dica que motivou isto tudo...


"Citroën C4 Bioflex
Um novo modelo a pensar no meio ambiente> A partir de Setembro de 2007, a Citroën irá comercializar o novo C4 BioFlex. Veículo de combustível modular ou “flexfuel”, o C4 BioFlex utiliza um combustível de origem vegetal. Durante um período inicial, a venda deste modelo far-se-á em França e na Suécia seguindo-se mais tarde outros países europeus, que na grande maioria practicam políticas atractivaspara este tipo de combústivel. O C4 BioFlex é a primeira proposta da Marca para o mercado europeu no domínio dos veículos operados com biocombustíveis. No Brasil, onde a Citroën comercializa veículos flexfuel, este tipo de veículo representou 65% das vendas da Marca, em 2006, e mais de 80% desde o início do ano de 2007. Esta oferta permite à Citroën marcar presença num segmento de mercado que é novo nesta região do mundo. No território francês começam a aparecer postos de abastecimento com E85 e prevê-se que serão implantados 500 até ao final de 2007. Equipado com um motor de 1,6 litros capaz de desenvolver 82 kW, o C4 BioFlex é um modelo totalmente integrado na gama C4 e beneficia dos mesmos equipamentos que as restantes motorizações de nível idêntico. Esta nova versão do C4 contribui para a redução do efeito estufa através da diminuição de 5% das emissões de CO2 em ciclo misto e contribui para a redução da dependência energética através da utilização de uma energia renovável. Desde os campos de cultivo ao escape do veículo, a redução de emissões eleva-se a 40%. O C4 BioFlex, disponível em versão berlina de cinco portas, é proposto ao mesmo preço que as versões 1.6 16V a gasolina.

C4 BioFlex: uma classificação ambiental positiva> O bioetanol, combustível vegetal, é um álcool produzido através da fermentação de açúcar de plantas como a beterraba ou através do amido de cereais, como o trigo ou o milho.
- Ao contrário dos combustíveis fosseis, as emissões de gases provocadores de efeito estufa (CO2) produzidas por veículos alimentados a biocombustíveis são em grande parte absorvidas pelo crescimento das plantas que servem para fabricar o bioetanol. Esta absorção diz também respeito ao CO2 emitido por outras fontes. Desde o campo ao escape do veículo, a redução das emissões de CO2 eleva-se a cerca de 40%.
- A utilização deste biocombustível permite igualmente, graças à presença de oxigénio na sua composição, reduzir outros poluentes específicos, especialmente o monóxido de carbono (CO). Além disso, o combustível E85 não contém enxofre.
- Por fim, ao contrário dos combustíveis fosseis, os biocombustíveis são energias renováveis. O C4 BioFlex inicia assim um ciclo virtuoso de redução e absorção das emissões de gases de efeito estufa.

C4 BioFlex: uma classificação económica> A classificação económica dos veículos alimentados a bioetanol varia de acordo com o países e da politica fiscal aplicada. No que diz respeito ao mercado francês, o preço actualmente praticado (cerca de 0,80€ por litro) permite ao C4 BioFlex de ser particularmente competitivo em termos financeiros. Para além disso, em alguns países certas regulamentações fiscais favorecem a utilização deste combustível:
- 50 a 100% de isenção, dependendo das regiões, da taxa proporcional dos certificados de registo;
- isenção da taxa de veículos de empresa durante dois anos; - amortização excepcional ao longo de 12 meses, em vez de cinco anos, para veículos de empresa;
- recuperação de 80% do IVA sobre o combustível. Na Suécia, o desenvolvimento do E85 está já bem implementado. Já existem 650 postos de serviço com E85 e mais de 13% dos veículos comercializados em 2006 no território foram do tipo Flexfuel.
Numerosos incentivos fiscais (impostos, portagens, estacionamentos…) favorecem a utilização de veículos alimentados com este tipo de combustível. Em ciclo misto, o C4 BioFlex consome 9,8 l/100 km e emite 160 g de CO2 por quilómetro. Em contrapartida, o modelo 1.6i 16V convencional consome 7,1 l/100 km e 169 g de CO2 por quilómetro. Apesar de apresentar um maior consumo, o C4 BioFlex apresenta custos operacionais consideravelmente mais baixos. Em França, passa de 9,23 cêntimos por quilómetro, com gasolina sem chumbo a 1,30€, para 7,84 cêntimos por quilómetro, com combustível E85 a 0,80€ por litro.

C4 BioFlex: uma evolução tecnológica para resultados reais> O motor do C4 BioFlex foi concebido e desenvolvido para funcionar com gasolina sem chumbo normal (RON 95 ou 98), com bioetanol com composição até 85% de etanol, e com qualquer mistura dos dois (entre 0 e 85% de etanol). O desenvolvimento do C4 BioFlex exigiu trabalho em duas áreas chave. Para começar, foi necessário assegurar que todas as peças e componentes conseguiam tolerar o contacto com etanol. Em segundo lugar, o motor tinha de funcionar de forma excepcional independentemente da quantidade de álcool no combustível. O motor, importado do Brasil, incorpora modificações já aplicadas nos veículos utilizados localmente. Estas incidem principalmente sobre certas peças que entram em contacto directo com o combustível: segmentos e suportes das válvulas. Foram também efectuadas alterações no sistema de circulação de combustível, incluindo o depósito, a válvula e bomba de combustível, a canalização e o filtro de combustível. Por fim, o software do motor foi adoptado para incluir novas definições que se ajustam automaticamente à proporção de álcool no combustível. De cada vez que o depósito é abastecido, é feita uma análise à quantidade de álcool de modo a seleccionar a melhor curva operacional. Durante a análise, o motor funciona com definições de segurança que são compatíveis com todas as misturas de combustível autorizadas que contenham entre 0 a 85% de etanol. A performance foi aumentada no modo E85, com a potência máxima a atingir os 82 kW (ou 113 cv DIN, contra 80 kW/110 cv DIN), às 5 800 rpm, uma melhoria de 2,5%, e um binário máximo de 153 Nm (contra 147), ainda às 4 000 rpm. Este último valor representa uma evolução de 4%. Quando esta motorização é utilizada com gasolina sem chumbo convencional (SC95) as performances do motor são praticamente idênticas às da versão 1.6i 16v de série. A adaptação realizada é completamente indiferente para o cliente, à excepção do plano de manutenção em que a assistência passa a ser a cada 20 000 km no mercado francês."

fonte: http://www.citroen.pt
image: Yuri Ochakovsky - sem título (Museu virtual do Cartoon)




Diz o povo que o que nasceu torto, torto morre.

Talvez seja uma visão demasiado derrotista mas não deixa de ter um fundo de razão. E às vezes, por maior que seja o esforço e as sinergias que sejamos capazes de gerar, fica-se sempre aquém de um nível que poderia ser atingido se se partisse de uma base mais sólida, mais consistente...

Falar do ROVER é falar da vitória da persistência, do sucesso de acreditar até ao fim, é falar da riqueza de crescer na partilha das alegrias e dificuldades...
Sem dúvida que foi uma actividade marcante nas nossas vidas, creio, que de uma forma geral, pela positiva. Foi notória a capacidade de as pessoas aderirem a um projecto que desde início se pretendia que fosse deles, para eles... Isto é o escutismo... é aprender fazendo... e para quem fez, decerto que aprendeu imenso e se tornou mais rico. Estas experiências valem acima de tudo por isso, por aquilo que nos dão, na medida do que damos... Também pelo convívio, pela troca de experiências,... mas acima de tudo por esta partilha de nós mesmos. Acho que esta, foi conseguida e bem conseguida, graças a todos os que lá estiveram.

É quando falamos do "Ask the Boy" que as coisas vão ter ao ditado popular de início...
Quando as coisas começaram a nascer, os ecos que chegavam do Nacional é de um "Ask the Boy" em que a pergunta só tem a resposta que à partida alguém definiu ser aquela que se pretendia que o boy desse...
É óbvio, que com esta forma de pensar, depressa se esquece o rapaz, e este, que devia estar no centro de tudo, à volta do qual pedagogias, orgânicas, logísticas, dinamizações,... deviam girar, passa a ser um peão na amálgama confusão de prioridades que se definem sem se ter noção do essencial.
Fazem-se jogos do centenário, não para valorizar as pessoas e para que elas cresçam, mas para definir o número que a logística comporta... Estabelecem-se inscrições não para responsabilizar as pessoas mas para garantir pagamentos...
E por aí fora...
Quando tomei conhecimento mais aprofundadamente com o Nacional, percebi que havia já uma onda contrária reflectida nestes limites do razoável e que procurava demarcar-se desta crista do faz, organiza e acontece, para uma do prepara, joga e cresce... muito mais próxima do rapaz.
Desde então, e desde que acabei por me envolver a fundo no Nacional, que travámos (eu e aqueles que rodearam esta equipa fantástica que tornou o ROVER possível) uma luta incessante contra este espírito organizacional para tudo.
E podem vir dizer que as coisas hoje já não são como antigamente... que estas actividades requerem meios pesados, do ponto de vista contratual, orçamental,... mas o problema não está nos meios, no número, no tamanho... mas está sim na sua importância, no que fazemos com eles e de como os enquadramos na nossa forma de agir. E isto, de todo, não pode condicionar o que o rapaz quer fazer, ou o que o rapaz espera que possa ser possível realizar...
Dia após dia, semana após semana, víamo-nos confrontados com esta incoerência de esquecer o rapaz mas reencontrar mais contratos, mais serviços que muito pouco iam ao encontro de outras coisas que considerávamos básicas... tão básicas como a água, por exemplo...
E é estúpido verificar que tivémos uma rede sem fios que chegava lá por fibra óptica, que tivémos um centro da PT a distribuir tudo e mais alguma coisa (eu não sei bem... era tão necessário que eu nem lá fui), bares fantásticos que não deixavam acabar a cerveja fresquinha, uma porrada de t-shirt's de marca,... mas não fomos capazes de arranjar forma de distribuir a alimentação adequada, a horas e em quantidade, ter um bar que servisse água fresca (quando tinha água), ter possibilidade de tomar um banho ao fim de um dia de trabalho cheio de pó e de calor... e por aí fora...
De que adianta lançar grandes publicidades na internet ao Nacional, ao Campo de Idanha, ao jogo do centenário, insistir na qualidade das nossas actividades, no tempo de preparação, se não somos capazes de cumprir prazos?... Se uma lista de isncrições que deveria sair com 6 meses de antecedência, sai apenas com um mês? Já para não falar de uma coisa tão simples como mandar uma porra de um mail com os contactos dos participantes para que se pudesse organizar da melhor forma a preparação da actividade...
E isto porque se perde tempo, a dar importância a coisas tão insignificantes num acampamento de escuteiros, como os reclamos de publicidade mas não se tem a preocupação de como se consegue com uma carrinha, fazer chegar a horas uma mísera refeição que tem de ser distribuída em 10 locais diferentes a 1000 caminheiros num percurso de mais de 60 kms.
Na altura, já é dificil de resolver estas gafes... Agora já não vai a tempo... Nem tão pouco adianta andar à procura de culpados... A solução começa em todos nós e no esforço que podemos fazer para que estas coisas não se repitam...
É tão fácil quanto isto arranjar uma forma de que as coisas corram pelo melhor... O escutismo é do rapaz... é nele que as cabeças todas que pensam e orientam o escutismo se devem concentrar.
A actividade que foi mais louvada no ROVER, talvez possa não ter sido a melhor, mas aquela que gerou mais consenso e motivou e criou um verdadeiro espírito fraterno entre todos foi a Blogosfeira. Foi a actividade do rapaz! - com as ideias do rapaz, os meios do rapaz, a participação do rapaz...
Quando tiramos o objectivo educativo, que é formador e formado ao mesmo tempo, do centro da nossa atenção, perdemo-nos do que andamos a fazer a vaguear por orgânicas, e eventos, e fogo de vista... já o fogo do Fogo de Conselho, esse, teve de faltar...

É neste tempo de avaliação que se devem trazer as nossas alegrias, mas também as nossas preocupações.
Partilhar as nossas alegrias motiva-nos a continuar a fazer caminho... a trabalhar neste projecto de descendência legado a Abraão. São momentos que guardamos no coração e que têm um rosto ou até mais, que têm um nome e que temos esperança de um dia encontrar de novo.
Mas também alertar para as preocupações, deve-nos fazer sentir responsáveis e construtivos para um melhor escutismo. 100 anos de vida é já muito tempo, por um lado, mas é também a expressão de que a jovialidade tem uma continuidade, que o espírito que nos anima se alimenta deste pão que é aprender fazendo... Avaliar é tomar o seu sabor, pesar o seu sal e afinar continuamente o gosto com que o saboreamos nas nossas vidas.
Dos sonhos que nos assaltam a mente, podemos e devemos agarrar aquele que nos poderá trazer e por arrasto, aos outros também, maior felicidade. Não é uma ousadia vã! É apenas OUSAR SER MAIS do que fomos!

photo: emlino 2007
(abraço para o Sérgio que está na foto)



Cortesia de Miguel Oliveira


Um Excelente trabalho em video efectuado em campo pela chefia do campo da II.