Dia de...?


Este ano, e pela primeira vez, tive a oportunidade de participar no Dia D. Sabe-se lá porquê nunca me mereceu muita atenção mas este ano (sabe-se lá porquê) fui motivado a ir.
Para além do convívio e de alguns apontamentos lúcidos que se podiam tirar, este foi aquele tipo de actividades que são tudo menos exemplo para o que se deve querer de uma actividade escutista. Senão vejamos.

> Local: Não sou escuteiro de Hotel ou de Estalagem. Mas quando penso em acampar, penso numa mata, numa bouça, num campo com ervas ou mesmo calhaus... um campo de futebol... é campo... mas não deixa de parecer aquele tipo de campismo no quintal das traseiras de casa...
> Desperdício de verbas... os 30,00 € de inscrição não se justificavam e não se justificaram atendendo a que de uma forma mais partilhada e menos 'cateringizada' se tinha feito a mesma ou mais festa... Acrescentando gasóleo e portagens... até doeu...
> Organização (ou a falta dela)... Penso que foi evidente que houve um Cristo (ou uma... para ser mais preciso) que foi incansável em que tudo corresse bem; mas já não se justifica que não haja uma equipa com responsabilidades repartidas, ainda por cima quando estamos a falar de uma actividade nacional.
> Qualidade... Já quando foi do Fórum Nacional, falei no assunto mas foi como sementes que caíram no asfalto... Quando, a meio de uma abertura, se vai andar a acertar com imagem do datashow para caber na tela porque ninguém posicionou aquilo, dá no que dá as actividades nos agrupamentos, nos núcleos, nas regiões... e aberturas de Nacionais e por aí fora... É óbvio que quando se falha nas coisas insignificantes, já se sabe que em coisas simples como uma Vigília não se pode esperar muito e então nas grandes... Qualidade é coisa de marcas.. Atlantis e Vista Alegre... Escutismo tem que ser sempre no desenrasca...
> Espírito... Espírito deve ter sido o que menos faltou... e graças a Deus as cervejas não são muito espirituosas, porque se se entrasse pelas pomadas da região era o céu... Obviamente que nem todos enveredaram nesta espiritualidade liquefeita mas, mesmo que fosse uma minoria (uma minoria grande...), no melhor pano cai a nódoa... e depois só se repara na nódoa. [Também explica muitos comportamentos dos elementos nas actividades e fico-me, agora por aqui...]
> Filosofia... Decerto que o espírito de convívio entre dirigentes é extremamente importante, que alguns momentos de descompressão nos ajudam a enfrentar um novo ano de actividade de uma forma mais desafogada... mas não me parece que o desafogamento fosse uma necessidade premente dos que lá foram... já, pelo que referi, uma necessidade de formação/actualização/aprofundamento talvez fosse muito mais pertinente e apropriada.
Este foi a primeira vez que fui... e, a continuar assim, a última!

Uma nova Centralidade

No passado dia 18, houve eleições para a Junta Central. Creio que o processo foi amplamente divulgado e só àqueles que andam aéreos ao movimento, lhes pode ter passado ao lado a respectiva divulgação. Ainda sobre esta, penso que os debates que existiram foram esclarecedores quanto às ideias de cada um dos projectos.
Neste sentido, o caminho traçado pela lista vencedora (a lista A), - na minha opinião, aquele que mais firmou e respeitou a dinâmica que usamos no escutismo quando traçamos, metas, objectivos, pistas - foi claramente assumido por aqueles que, conscientes do seu dever, consentiram, segundo as suas preferências, para condução dos destinos do CNE.
Não me parece que haja caminhos mais ou menos exigentes... Acredito que todos dariam o seu melhor pelo movimento. Talvez uns reunam mais capacidades, mais e melhores recursos materiais e humanos, disponibilidade,... mas a exigência deve estar sempre associada a quem se dispõe a liderar.
Mas esta exigência não é dever nem direito próprio dos degraus mais altos da pirâmide. Todos somos chamados a responder e a assumir esta exigência nos trilhos que se procuram desbravar enquanto dinamizadores desta proposta educativa de jovens. De nada vale à cabeça pensar e estimular os nervos se os pés estiverem desconectados desta raiz de comunicação e não se dispuserem a dar os passos. De pouco vale haver caminho e passos para dar se a cabeça se se voltar para si própria e o pensamento se esvair sem comando... Isto é, de nada serve exigirmos o cumprimento de programas se nós próprios, na linha de contacto directa com o fazer escutismo, não somos os principais responsáveis por colocar essas opções que escolhemos em prática.
Enquanto pessoas de valores, comungantes de um mesmo ideal e de uma mesma lei, entusiastas desta filosofia de vida, todos devemos assumir o mote de caminhar com sentido durante estes próximos anos e, ainda que já o estivéssemos a fazer, colocar a fasquia mais alta, sermos motor deste novo sentido também para os outros e deixarmo-nos de estar sentados a assistir... Já chega de "Vamos ver o que 'eles' vão fazer".
Parabéns pelo, agora também nosso, projecto!

em oração...

Há poucos dias atrás, lembrava ao P.e Fonte que ele tinha um país inteiro a rezar por ele...
Disse-o, na sinceridade do meu coração que acreditava ser mesmo assim.
Hoje, com a mesma sinceridade, sinto que ele, P.e Fonte, 'reza' por todo um país que acredita nos valores de ser cristão.
Continuaremos unidos... em oração!

Flor de Lis

A Flor de Lis, insígnia do Bureau Mundial tem duas cores, que significam:


  • Branco: pureza;
  • Roxo: liderança e serviço.